POR FELIPE FILOMENO

FONTE DA FOTO:http://www.condomino.com.br/LESOES-ESPORTIVAS.php

Lesões comuns


O basquete apresenta todos os movimentos básicos dos esportes, como o salto, a corrida, o arremesso os giros (pivoteio) e as mudanças bruscas de direção com aceleração e desaceleração, Portanto os atletas estão expostos a constantes mecanismos de lesões, aliados ao contato físico com o adversário, que predispõem aos traumas ( Andreoli,2003). As lesões podem ser classificadas também como traumáticas ou cumulativas ( stress).
Em 2006 foi publicado no Americam Journal of Sports Medicine (No volume 34 numero 4) um artigo, no qual os autores realizam um levantamento do número e da natureza das lesões em esportes coletivos durante os Olímpicos de 2004 em Atenas. Nos 42 jogos de basquete masculino realizados, foram computados 26 lesoes(0.6 por jogo), sendo que estas, 77%(20) foram provocadas pelo contato com outro jogador e 33%(6) em circunstancias sem contato.
A classificação das lesões segundo a presença ou não do contato com outro jogador ainda pode ser dividida em três categorias:
• Por contato com outro jogador – Exemplo corta luz, falta de ataque;
• Sem contato – Exemplo, mudança brusca de direção durante uma finta, aterrissagem após uma bandeja. Pode ser resultado de pobre biomecânica dos membros inferiores num momento de fadiga;
• Mínimo contato – Exemplo, ao desvirar de um contato, distraído por um possível contato ao até por levar em contato um contato que acaba por não acontecer. ( Feagin e Lambert, Mechanisms of injury and pathology of the ACL. Orthop Clin North Am 1985).

Partindo do pressuposto de que nos dias de hoje o jogo de basquete é jogado com velocidade e transição consatante, levando os jogadores ao cansaço cedo ou tarde, também que o emprego do corta – luz é feito na maioria das jogadas sendo os atletas obrigados a se prepararem para o choque com adversários por estratégia ou para se protegerem, se pensarmos em prevenir estas lesões, temos que realizar situações que simulem as três categorias escritas acima.
Esse treinamento preventivo, que além de diminuir o numero de lesões, também melhora indiretamente a performance tanto pelo vigor em lanças de contato, quanto pela melhora no tempo de reação dos músculos, vem sendo cada vez mais usado por equipes de basquete me todo o mundo e traz resultados que interferem de forma positiva e direta a trajetória dessas equipes.

Felipe N. Foi jogador de basquete e hoje é fisioterapeuta do Clube Atlético Paulistano
Bibliografias:
ANDREOLI, C.V., WAJCHENBERG, M; PERRONI, MG. Basquete In COHEN, M; ABDALLA, R.J. Lesoes no esporte: diagnostico, prevenção, tratamento, Rio de Janeiro: Revinter, 2003. Feagin e Lambert. Mechaninms – of injury and patholoy of the ACL. Orthop Clin North AM, 1985.

Fonte: Revista Lance Livre Janeiro de 2010 ano 1 no. 1


Adair Rocha
franada_60@hotmail.com